Olá, meus queridos!
Hoje, por sugestão de meus companheiros do Alto, inauguro essa nova página no blog, onde compartiharei com vocês minhas experiências!
São tantos questionamentos sobre a pintura, e, ao final de cada trabalhlo, dificilmente escapo das perguntas: "o que você sente?", "você fica consciente?", "o que significa minha tela?"...
Primeiramente quero ressaltar que a pintura mediúnica - e todos os laços afetivos e espirituais que ela me proporcionou - , são todos fontes de muita, muita alegria em minha vida, e no decorrer dessa página, você vai entender os motivos.
Acredito que minha mediunidade manifesta-se desde a infância. Hoje, com o pouco conhecimento que adquiri, entendo algumas manifestações que nortearam minha vida, desde a infância: ouvia roncos em meu quarto, tinha visões, muitos sonhos com pessoas que morriam logo em seguida, além de estar sempre enferma sem causa aparente. Opa! Mediunidade não é sinônimo de sofrimento, hein? A questão é que nasci tarde (risos), e o tempo era crucial para mim... e tudo foi minha opção antes de reencarnar.
Chegada a adolescência, ou melhor, final dela, começaram os sintomas mais, digamos "subliminares" (seria esse o termo correto?): estados de depressão e euforia, pesadelos, ataques de pânico e ansiedade. Não entendia absolutamente nada do que estava acontecendo, então, a isso, juntou-se meu desespero e minha agonia! Graças a grane amiga que tenho até hoje, fui avisada sobre a possibilidade de mediunidade! Relutei em aceitar, posi minha família era tradicionalmente católica, e, apesar de sempre ter curiosidade sobre "fenômenos paranormais" e "misteriosos", trazemos no nosso inconsciente que mediunidade é sinônimo de compromisso e responasbilidade. Pois bem, minha falta de aceitação se arrastou por mais dois anos, até que, através de outra amiga, procurei ajuda num centro espírita que ela frequentava. Lá ganhei um exemplar do Evangelho Segundo o Espiritismo, recebi passes e conversei com o dirigente. Lembro-me até hoje desse dia: simplesmente não conseguia ir embora do trabalho! Choveu muito, ruas ficaram alagadas, carro quebrado, pernas doendo... Enfim, entrou em ação minha famosa teimosia!
Porém, na época cursando o final do primeiro ano da faculdade, era impossível frequentar o extenso curso para médiuns, pois estudava à noite. Então, foram mais dois anos de espera para o pico da manifestação da minha mediunidade, frequentando centros espíritas esporadicamente para tomar passes - numa das reuniões recebi uma mensagem psicografada por uma médium que sequer me conhecia me falando que chegara o momento de desenvolver minha mediunidade - quando estava de férias, quando, através da primeira amiga que me alertou sobre minha mediunidade, soube de um centro espírita que abria também aos sábados! Dessa vez não hesitei, pois estava sofrendo muito!
Já na prece de abertura, emocionei-me ao ver um retrato de São Francisco de Assis. Sentia que ele me chamava, me mostrava que tinha uma bela missão de paz... Chorei muito, copiosamente. Meu desespero era tão grande que foi-me dado prioridade no atendimento, onde tomei passes e conversei com o guia espiritual de um médium. Mas, a dúvida ainda permanecia. A partir daí, foi questão de dias para ter a sensação que ia explodir quando deixei de ir à faculdade numa sexta-feira para poder participar da reunião de estudos e desenvolvimento desse mesmo centro espirita que atende aos sábados. Então, recebi um dos meus guias, pela primeira vez. Na "volta" da incorporção parecia estar flutuando com mãos e pés formigados, sede e sensação de leveza, tudo ao mesmo tempo! Mas isso era apenas o pico de um iceberg!
O tempo foi passando, adaptei-me ao local, ia aos sábados, e sextas-feiras quando era possível, aos poucos fui inserida no grupo de atendimento, e lembro-me que tinha muitas entidades querendo trabalhar comigo. Obviamente nem tudo foi azul, pois foi necessário adquirir disciplina, auto-controle, além de encaminhar os irmãos sofredores que há tanto me acompanhavam para que pudesse cumprir minha missão.
Um dia, num final de semana, haveria apresentação de pintura mediúnica nesse centro, e, sem muita curiosidade, fui assistir pois queria participar do máximo de atividades possível, porque sentia a nítida melhora no meu equilíbrio físico - mental - espiritual. Tudo correu bem, exceto quando o trabalho findou: sentia uma forte dor de cabeça, na fronte. Conversei com a dirigente do centro espírita e ela informou que poderia ser devido à alguma obssessão. A partir daí passei a sonhar constantemente que pintava, numa espécie de escola de arte. Os sonhos eram tão insistentes que achei melhor contar à dirigente. Era dia de reunião de atendimento. Imediatamente ela procurou papéis e uma caixa de giz de cera, organizamos uma mesa, e deixou que ali eu pudesse extravasar. Orientou-me quanto à mediunide de pintura. Foram feitos inúmeros desenhos muito rapidamente, alguns sem sentido, e então estipulamos que todos os sábados aqueles 20 minutos antes da reunião de atendimento seriam reservados para a prática da pintura mediúnica. Assim sucedeu-se até que foi concedido um tempo maior para estudos, e, aos poucos, mais médiuns pintores foram surgindo na casa: agora os trabalhos tinham tintas, giz pastéis, papel canson e muita música, passados oito anos da primeira vez que pintara em comunhão com artistas do além. Nesse tempo foram muitas dúvidas, incertezas, medos, idas e vindas, mas Deus nunca me desamparou!
E, agora, chegara uma nova etapa na minha mediuniade.